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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Nuno Moura - "A way of life"


Para ver na Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras, entre 16 de Janeiro a 13 de Fevereiro.
A entrevista ao fotógrafo pode ser lida aqui:

sábado, 17 de janeiro de 2009

Bone Lonely - Paulo Nozolino


Entrevista de Paulo Nozolino ao jornal Público a 9/01/09; Por Óscar Faria

"bone lonely" é a primeira individual de Nozolino em oito anos.
Há uma solidão que chega ao osso. E nunca mais nos abandona. Atravessase o mundo e vê-se essa sombra cada vez mais vasta, porque o medo corrompe a paisagem, e a delação contamina os humanos. "bone lonely" é a nova exposição de Paulo Nozolino, ontem inaugurada na Galeria Quadrado Azul.
Uma individual que marca o regresso do fotógrafo a Lisboa, cidade onde já não apresentava trabalho desde 2001.
São 32 imagens inéditas, em pequeno formato, que parecem estar a ser consumidas pelo fogo. Não datadas -o arco temporal vem de 1976 até ao presente -, sem título, elas formam um contínuo, uma linha de escombros.
Morte, ideologia, ruína, sexo, consumo e usura são temas centrais desta exposição, que viajará, ainda este ano, para os Encontros de Fotografia de Arles, em França. Em paralelo será lançado um livro, editado pela alemã Steidl, com poemas em inglês de Rui Baião.


Qual é o tempo que abarcam as imagens na exposição?
Esta série não tem data, nem título, nem localização. Estou farto que olhem para as minhas imagens e as reduzam a questões de tamanho e de técnica. As fotografias vão de 1976 a 2008: são provas únicas, todas verticais e de pequena dimensão -têm como objectivo fazer com que o espectador vá perto delas e tente decifrar o que lá está. O fundamental nesta exposição é a sequência das imagens.


As fotografias são todas inéditas. Por que razão só agora são reveladas?
Faço uma exposição quando sinto que tenho alguma coisa para dizer. Esta é a primeira mostra individual em Lisboa desde 2001, trabalhei nela durante mais de um ano para tentar responder a uma questão que me atormenta: como se vive hoje?
Para obter a resposta foi necessário rever um percurso, olhar novamente para imagens porventura esquecidas. Durante o processo de escolha das fotografias houve algum sentimento que prevaleceu?
Mais do que numa exposição, estou sempre a pensar num livro e impus, desde o princípio, que elas seriam verticais. Esta já é uma restrição que de uma certa maneira ajuda a rever o passado. Para esta mostra revi todas as provas de contacto desde 1973 e fui escolhendo fotografias que fossem de alguma maneira notas musicais para uma espécie de melodia que estava a tentar compor. Tinha uma noção muito certa qual era o tempo, no sentido musical, qual era a cadência, o peso, a ressonância que as imagens tinham de ter.

O confronto com tantas provas possibilitou certamente uma reflexão acerca do próprio modo de fotografar. Que diferenças há entre uma imagem captada há 30 anos e outra em 2008?
Um olhar retrospectivo é sempre mais distante, porque o tempo faz isso. É agradável ver que essas imagens existem desde 1976. O sentimento que me move agora já me movia nessa altura.
Há portanto um fio condutor...
Sempre houve.


É capaz de o descrever?
Parte de uma pergunta algo filosófica: o que é que estou aqui a fazer? Qual é o meu lugar neste mundo? No fundo, trata-se de saber quem sou eu, como vivo e como vejo: tudo isto reunido dá fotografias, que podem ficar esquecidas ou latentes em provas de contacto, dentro de caixas, durante anos. Até que depois são revistas e lhes é atribuído um outro significado. Neste momento, quase não importa aquilo que fotografo, a essência está na carga dada àquilo que foi fotografado. As imagens estão cada vez mais simples, a preocupação estética é cada vez menor.


O que quer dizer com preocupação estética?
É fazer uma fotografia que seja "agradável."


Alguma vez o moveu fazer uma imagem desse tipo?
No início, isso move qualquer fotógrafo: uma imagem feita para agradar aos outros. O que me move agora é não agradar aos outros, o que faz com que talvez agrade a alguns, mas sobretudo a mim. Obviamente, o facto de ter começado a escolher imagens e a ampliá-las desta forma um bocado desleixada e suja -o papel é velado, mal fixado -, criou em mim uma apetência por produzir coisas imperfeitas.

Percebe-se nesta exposição que, de facto, houve essa vontade de agir directamente sobre as imagens, "sujando-as"...
Por um lado, vivemos num mundo sujo, que muitos não querem ver, por outro, vivemos rodeados de imagens limpas, assépticas, a cores, coladas em suportes plásticos, em grandes formatos, coisas que me dão vontade de vomitar. Isto é uma reacção contra o mundo que me rodeia: o da arte e o da vida real. Quando saio para a rua vejo pessoas com fome, bolor, prédios a caírem aos bocados. Vejo tudo a esmorecer à minha volta, algo que corresponde ao meu estado de alma.

A sua biografia foi também importante para a construção de "bone lonely"?
Se o momento fosse diferente não haveriam imagens, porque isso significava que estaria a ter prazer naquilo que vivo e faço. O prazer é a completa antítese do desejo. O desejo motivado pela paixão é o motor da criação. Se estivesse a ter prazer não fazia estas imagens, nem as escolhia.

Quando decide realizar uma imagem é possível precisar a sensação que o habita?
Ela significar algo de profundo para mim. É fundamental que estejam ligadas à minha vida, porque se não estaria a contribuir para a feira das vaidades e para o mercado das inutilidades. Faço isto para mim, para me certificar que há um equivalente visual para aquilo que sinto. A exposição é um trabalho sobre um ser só que olha para os escombros, alguém que já não tem ilusões de que está a viver num mundo regido por falanges cinzentas e onde reina a delação e o pânico. Este homem vai produzindo imagens surdas sobre o bolor, a fome e o frio. "bone lonely" é mais um trabalho de dissidência em relação à hipocrisia global que tenta vender a imagem da felicidade às pessoas. Sinto-me só, sinto-me desiludido, mas por outro lado há uma espécie de serenidade interior por ter chegado a estas conclusões.

Não há uma vitalidade, a de fazer e de expor, que acompanha essa solidão?
Tenho sempre a sensação que a doença, a angústia está lá. Pode tomar-se um ansiolítico para a tirar, mas ela volta sempre. Pode fazer-se uma exposição, um livro, pode mesmo ter-se a ilusão de que essa partilha é boa, contudo, já não dou muito valor a isto. A única coisa redentora em continuar a trabalhar é saber que as imagens poderão ser intemporais. As fotografias têm de sobreviver independentemente de mim, como uma espécie de legado do meu tempo.

A sequência das fotografias é cronológica?
Não, porque a cronologia pouco interessa aqui. As fotografias têm uma história subjacente que está encriptada. Ela só será totalmente decifrada por pessoas que conhecem o meu trabalho e têm preocupações comuns. Esta é uma exposição para pessoas que querem tentar perceber aquelas imagens.

O livro que acompanha esta exposição tem poemas de Rui Baião. Como decorreu esta colaboração?
"bone lonely" é feito durante quase um ano e meio. De uma certa maneira, os poemas que o Rui Baião me entregou no Verão de 2007, numa forma ainda muito rude, activaram em mim a vontade de pensar nas coisas uma vez mais. Entretanto, os poemas foram evoluindo e as fotografias tomando forma. Foi um trabalho muito intenso e de depuração feito a dois.


Há alguma equivalência entre imagens e textos?
A fotografia não age como ilustração e vice-versa. Estamos ambos com a mesma idade, a viver praticamente a 500 metros um do outro, em Lisboa, e a vermo-nos quase todos os dias. Esta proximidade provoca uma reflexão muito mais aguda do que se cada um estivesse a trabalhar para seu lado. O livro arranca com 32 imagens, sucedem-se outros tantos poemas em inglês. São duas maneiras de olhar para o mundo com muitos pontos em comum. A mistura é eficaz.

A exposição marca também uma nova fase da sua vida: o regresso a Lisboa, a sua cidade natal, depois de cerca de oito anos a viver no Porto. O que sobreviveu desta cidade?
Sobrevive pouco. Foi um período intenso da minha vida, no qual vivi muito feliz e tive uma exposição antológica em Serralves. Depois seguiu-se o inevitável período de tédio com a pequenez do lugar. E as incontornáveis querelas intelectuais com as pessoas próximas e a detecção de uma certa hipocrisia. Isso foi uma espécie de surpresa, mas tratou-se de uma fase da minha vida, que passou.

"bone lonely" reflecte esse tédio?
Não. Sempre achei que a arte era uma espécie de antevisão da vida. Em todos os trabalhos que tenho feito sinto que estou a trabalhar em algo que vou viver mais tarde. Não é uma reacção, é uma espécie de premonição das coisas que irão acontecer.
Quando começo a trabalhar na exposição é quase a sentir que há uma felicidade a desfazer-se, há um local que para mim começa a perder interesse e finalmente só podemos ter alguma verdade neste trabalho se o levarmos até às últimas consequências. O que depois acontece à nossa vida já é indiferente.

As fotografias podem ser agrupadas tematicamente: morte, ideologia, ruína, sexo e consumo são alguns dos assuntos abordados pelas imagens. Há, contudo, um que pode destacar-se, até pela relação possível de estabelecer com alguns poemas de Ezra Pound, que é o da usura...
Acabo sempre por voltar aos escombros da II Guerra Mundial, que é o ponto de partida da exposição. Onde estamos depois do que aconteceu em 1945? É pensar não só na reconstrução da Europa, mas também nas falhas dos sistemas, quer o capitalista, quer o comunista. Voltar a passar pelo genocídio da Bósnia e chegar à conclusão de que o crime perdura. A reconstrução não se vê. Há edifícios inacabados, cassetes que pingam sangue, ideologias sem sentido. Sexo em casas de alterne, homens que discutem em bares. O neo-fascismo em que vivemos. O medo e o pânico. O terror global. No fundo, sermos prisioneiros da liberdade que nos tentaram vender e pela qual pagámos caro.

Podem ser estas imagens também entendidas como uma reflexão acerca do pós-11 de Setembro?
Sem dúvida. O 11 de Setembro mudou tudo. É inevitável termos de pensar que estamos num mundo no qual a procura da "felicidade" -que fez pessoas endividarem-se e comprarem viagens para irem para o Brasil deitarem-se debaixo de coqueiros a pensar ser era essa a solução -pode ser destruída por um indivíduo com uma botija de gás e um despertador, a viver algures, num apartamento sórdido. Nós tentamos viver, essa pessoa quer morrer. Como se pode ganhar a luta contra tal tenacidade?

Numa das fotografias da exposição há um puzzle onde se vê uma paisagem a que falta uma peça. Que peça é esta?
Sou eu. O mundo é como é e, embora não consiga mudar a paisagem do puzzle, aquilo que ainda posso fazer é não me encaixar nela.


Local: Galeria Quadrado Azul - Lisboa
Preço: Entrada livre.
Horarios: De 08.01.2009 a 21.02.2009, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado das 13h00 as 20h00

sábado, 20 de dezembro de 2008

Uncommon Places, por Stephen Shore








"Until I was twenty-three I lived mostly in a few square miles in Manhattan. In 1972 I set out with a friend for Amarillo, Texas. I didn't drive, so my first view of America was framed by the passenger's window.
It was a shock. I would be in a flat nowhere place of the earth, and every now and then I would walk outside or be driving down a road and the light would hit something and for a few minutes the place would be transformed.
Color film is wonderful because it shows not only the intensity but the color of light. There is so much variation in light between noon one day and the next, between ten in the morning and two in the afternoon. A picture happens when something inside connects, an experience that changes as the photographer does. When the picture is there, I set out the 8x10 camera, walk around it, get behind it, put the hood over my head, perhaps move it over a foot, walk in front, fiddle with the lens, the aperture, the shutter speed. I enjoy the camera. Beyond that it is difficult to explain the process of photographing except by analogy:
The trout streams where I flyfish are cold and clear and rich in the minerals that promote the growth of stream life. As I wade a stream I think wordlessly of where to cast the fly. Sometimes a difference of inches is the difference between catching a fish and not. When the fly I've cast is on the water my attention is riveted to it. I've found through experience that whenever--or so it seems--my attention wanders or I look away then surely a fish will rise to the fly and I will be too late setting the hook. I watch the fly calmly and attentively so that when the fish strikes--I strike. Then the line tightens, the playing of the fish begins, and time stands still. Fishing, like photography, is an art that calls forth intelligence, concentration, and delicacy. "

Stephen Shore, 1982

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Nils Jorgensen




domingo, 14 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Lorie Novak


#My Mother; 1984


#The Barbeque; 1983

I combine and re-visualize photographic imagery, exploring its relationship with memory. I am particularly interested in how personal and collective memory affect the reading of photographs. Working with slide projections, I create ephemeral installations to be photographed that combine my family snapshots, and historical/cultural imagery.
In the interior photographs, empty rooms are filled with "projections" replaying psychological and emotional events.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hugo Rodrigues Cunha - Um ponto exacto para ver





“Olha-se o Tejo, de frente, sempre de frente, e descobre-se o que existe entre ele e o local onde está a câmara fotográfica. Cada fotografia realizada tem associada uma imagem de domínio publico, feita através do Google Earth, onde está assinalado o local exacto onde a fotografia foi captada. Este trabalho é constituído por vinte e uma impressões, cada uma delas com duas imagens, e gira em torno de dois conceitos: o estático e a mudança; o estático da fotografia e as mudanças no rio pela sua água, mas também o quase estático de uma frente ribeirinha contrariado pela comparação entre as duas
imagens.”

Hugo Rodrigues Cunha, vencedor Prémio do “Novo Talento FNAC Fotografia” em 2008.
A cerimónia de entrega de prémios e a inauguração da exposição do portefólio vencedor acontece hoje, no dia 20, na Fnac de Almada.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nan Goldin

Entrevista conduzida por Daniel Blaufuks a Nan Goldin
#Jornal Expresso, 1 de Novembro de 2008


Sel portrait in red; Zurich 2000

Penso que foi um dos primeiros fotógrafos que começou a usar a cor como afirmação artística e vejo uma relação do seu trabalho com a obra de William Eggleston, um mestre da cor. Nessa época conhecia o trabalho dele?
Antes de ir para a escola de artes, quando fiz as primeiras fotografias a preto-e-branco, não sabia nada. Mas depois conheci o trabalho de bastantes fotógrafos. Tive um professor maravilhoso que me falou de Larry Clark, Arbus, Weegee, e de tantos outros.

O seu trabalho tem para mim uma qualidade particular: quando observo as suas fotografias sinto vontade de pegar na máquina e começar a fotografar. nem todos os fotógrafos, independentemente da qualidade, têm esse poder. Embora tenha vivido numa comunidade muito específica, há uma identificação imediata com o seu mundo. É sempre sobre a nossa cultura.
É sobre uma certa tribo. Encontram-se em todo o lado, Berlim, Tóquio... Fico irritada quando me falam da "The Balad ..." como se fosse um certo tipo de gente marginal do Lower East Side. Não éramos marginais, mas não nos interessava falar com gente formal. Nós éramos o mundo.

Esse foi o mundo que fotografou. O modo como o faz é muito terno, se é que posso usar essa palavra.
Espero que sim. Tiro fotografias para agradar tanto aos meus amigos como a mim próprio. Isto não começou como um projecto fotográfico. O meu primeiro desejo era pôr as "darg queens" na capa da "Vogue", porque pensava que eram muito mais bonitas do que mulheres. Nunca usei uma fotografia de que não gostassem. Não pensava em mim como fotógrafa. Tiro as fotografias, publico-as e depois as pessoas dizem-me do que é que se trata. As imagens saem-me directamente do estômago e do coração, não são o resultado de uma ideologia qualquer. Leio depois as críticas e se gosto de alguma frase, uso-a.


Simon laughing; Avigon 2001

Como é que se desenvolveu o trabalho?
Nos anos oitenta viajei pela Europa a projectar os meus diapositivos por trezentos dólares. Esse trabalho é a base de "The Ballad...". As pessoas conhecem o meu trabalho só a partir desse livro, mas o livro surge dessas projecções. Estas fotografias não eram mostradas em galerias. Começaram por ser vistas em clubes nocturnos e, mais tarde, em museus. Berlim tornou-se uma parte importante do meu percurso porque a primeira vez que mostrei o meu trabalho as pessoas vinham ter comigo e perguntavam se podiam fazer parte da minha família. Acabei por viver lá.

(...)
Sei que começou a fotografar porque queria sentir-se viva.
Quis fazer uma história da minha vida, que não pudesse ser reescrita. Cresci num lugar muito religioso, onde não se falava de certas coisas. Cresci nos subúrbios. De um lado estavam os judeus, do outro os católicos.

Uma das fotografias que prefiro foi tirada em Portugal. É a imagem de umas velas a arder em Fátima. Penso que não tem nada e simultaneamente tem tudo a ver com o resto da sua obra. Mostra sofrimento sem o mostrar verdadeiramente e também nos enche de optimismo e fé, mesmo que não estejamos a falar necessariamente de religião. É uma fotografia muito especial.
É uma das minhas fotografias favoritas de sempre. É sobre a sida. Costumava acender uma vela por cada pessoa que estava doente. Pensei que assim as poderia manter vivas durante mais tempo.


Fatima candles; Portugal 1998

(...)

Apesar de viver na Europa, quais são as suas expectativas para estas eleições? Penso que estará a torcer por Obama...

Não tenho nenhuma fé. Como é que um homem negro pode ganhar as eleições? Não há forma de Obama poder ganhar as eleições. Querem que acreditemos que vai ganhar mas, depois, à última hora, vão roubar a eleição. Aconteceu exactamente o mesmo com Bush na Florida. O governador Jeb Bush conseguiu inverter a situação alterando os resultados. Essa foi, aliás, a razão que me fez sai de nova Iorque e vir para a Europa. Se Obama ganhar, vai ser assassinado.

Neste momento as sondagens prevêem a sua vitória.
Há uma parte de mim que ainda acredita, mas dado o que vem vindo a acontecer nos Estados Unidos desde John F. Kennedy, é quase impossível pensar que possamos regressar a uma ideia de América maravilhosa e inocente que não seja controlada pelas grandes empresas e por todos os tipos de polícias secretas que nem sequer conhecemos. Eles não vão deixar que este homem inteligente e sensível... não sei...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Gus Powell






http://www.guspowell.com/

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Paulo Nozolino

#excertos da entrevista a Paulo Nozolino/ Jornal Expresso; Janeiro 2008


"A sociedade está formatada. Obedece a uma espécie de complot que tem por objectivo fazer com que as pessoas não se levantem do sofá ou da cama. A vida passa na televisão, o cinema vê-se em formato DVD, a música está nos CDs, o sexo faz-se na divisão ao lado. Não suporto este sedentarismo. Prefiro enfrentar a realidade in loco. Interessa-me muito mais o destino e o percurso que se faz até lá chegar do que o ponto de partida."(...) " O país parou no tempo. Talvez as pessoas estejam mais gordas porque assim que acabam de jantar querem saber o que vai dar na televisão. Mas reina uma espécie de doença intestinal, prisão de ventre, compensada por uma verborreia oral veiculada pelos políticos e intelectuais."


"A minha paleta é sombria, porque o que vejo não é agradável. Quero ficar com essa imagem na memória. A fotografia é mortal. (..)"Não há coisa mais triste do que colar fotografias num álbum de família. Lembro-me logo dos que faltam. Cada um deles teve uma história. E nós vamos todos morrer como eles. "

Em testamento já expressou a vontade de que todos os seus negativos, provas de contacto e fotografias sejam queimados após a sua morte. " A minha história, ou sou eu que a faço ou ninguém a fará."

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Camera Obscura por Abelardo Morell


Central Park looking north


Grand Canal looking northeast


Santa Maria della Salute, Veneza

http://www.abelardomorell.net/